Sebastião
Rufino foi pressionado pela cúpula estadual do PSB para abrir processo
de cassação do mandato do deputado Odacy Amorim, que trocou a legenda
socialista pelo PT. Mas, convenhamos, quem trocou de partido como se
troca de camisa como Rufino, quando seus interesses estavam em jogo, não
tem autoridade para cobrar respeito a quem quer que se seja para se
dobrar à lei do princípio da fidelidade partidária.
Para
tentar a reeleição, na qual não obteve sucesso, o coronel Rufino usou
da esperteza para abandonar o DEM e ingressou no partido do governador.
Ignorou a mesma lei que hoje afirma que Odacy rasgou e jogou no lixo.
Ora, isso é cinismo! Lá atrás, a mesma lei era letra morta para o
coronel?
Se
Odacy pecou, Rufino cometeu o mesmo pecado. Portanto, falta-lhe
autoridade moral para exigir de um colega o respeito a uma lei que ele
também atropelou vergonhosamente. Como julgo que o coronel não é cínico
nem cara-de-pau, dá para concluir que o que está por tras disso tudo é
revanchismo, um jogo sujo também para atrapalhar o projeto de Odacy de
disputar a Prefeitura de Petrolina, em 2012.
No
PSB, o regime é presidencialista. Ninguém faz nada sem consultar o
chefe. Odacy, entretanto, não deve ter motivos para preocupação. O
processo pode até andar, mas como tantos outros, felizmente, para ele,
não dará em nada. Magno Martins
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