Por Roberto Almeida
Um vídeo distribuído na internet bate pesado no BBB 12.
Mostra como o programa da TV Globo é alienante e, na definição da atriz
Betty Farias, “é um desserviço à cultura”. Segundo esse material,
diretores da TV responsáveis pelo Big Brother chegam a ironizar os
telespectadores quando vão trabalhar. “Vamos emburrecer o povo”. Frases
assim seriam pronunciadas pelos Boninho da vida. Não assisti nenhuma
edição do programa global, o que seria talvez necessário para melhor
avaliar. Mas dá para saber que não tem novidades em relação ao passado.
Algumas mulheres bonitas exibindo deliberadamente o corpo, homens de
jeito grosseiro e tatuados horrivelmente e o Pedro Bial, com aquela fala
mansa dirigindo o besteirol como se aquilo tivesse alguma importância.
A TV aberta, no Brasil, é um
atentado à inteligência. O Big Brother, as novelas, os programas
vespertinos no SBT e Record, as discussões sobre futebol, mesmo os
telejornais são de uma imbecilidade que “aflora à tela”.
Não há preocupação com o fazer pensar, com a educação, embora a televisão seja uma concessão pública.
Na Holanda, onde foi criado esse
modelo de reality show, os programas foram jogados para fora do horário
nobre. O mesmo aconteceu nos outros países da Europa. Só o Brasil,
praticamente, mantém o BBB por volta das 22h, quando até as crianças
podem assistir.
No Brasil, infelizmente, se lê muito pouco e se vê lixo na televisão.
Por isso se escreve mal, não há
raciocínio lógico, as pessoas não conseguem pensar. Machado de Assis,
Nélson Rodrigues, Heitor Villa Lobos, Tom Jobim, Chiquinha Gonzaga,
Fernanda Montenegro, Darcy Ribeiro e outras personalidades como essas ou
caem no esquecimento ou parecem palavrões.
A maioria, porém, sabe quem é
Pedro Bial e logo todos da casa (não seria mais correto chamar o
puteiro?) "mais espiada do Brasil" serão amplamente conhecidos.
No Brasil não existe cultura de
massa. Pegando carona na expressão do próprio diretor da Globo: “Existe
emburrecimento da massa”.
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