Por Cláudio Santos
Ricardo Teixeira renunciou ao cargo de presidente da CBF nesta segunda-feira (12).
Em seu lugar, assumirá José Maria Marin, vice-presidente da entidade e que, recentemente, ganhou notoriedade ao roubar uma medalha após a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Para chegar ao ponto de pedir demissão, Ricardo Teixeira viu seu
mundo desmoronar. Se antes dizia que tirou de letra a CPI do futebol,
instaurada em 2000 e finalizada, sem dar em nada, em 2001, agora o peso
das denúncias o abalaram.
Perdeu aliados no governo federal – a presidente Dilma Rousseff não o
suporta – e, na Fifa, não tem mais em Joseph Blatter, mandatário da
entidade, a figura de um aliado.
Para ficar praticamente isolado, foi fundamental a série de
reportagens apresentadas pela Rede Record sobre o cartola brasileiro, em
junho do ano passado. Um mês antes, Teixeira já estava em maus lençóis
com o documentário da BBC de Londres, que o acusava de ter recebido propina na Suíça.
Foi apenas a primeira denúncia. Em Brasília, deputados começaram a se movimentar para cobrar explicações sobre a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O enriquecimento do mandatário desde que assumiu a direção da CBF chamou a atenção.
A procuradoria
do Rio de Janeiro abriu inquérito para apurar as denúncias de corrupção
contra Ricardo Teixeira. A decisão do promotor-geral da República,
Roberto Gurgel, aconteceu depois que o presidente do PRB (Partido
Republicano Brasileiro), Marcos Pereira, apresentou formalmente as
denúncias contra Teixeira.
O MPF
(Ministério Público Federal) de São Paulo também pediu a abertura de
mais uma investigação contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O
procurador da República Marcelo Freire quis que a PF (Polícia Federal)
apurasse se houve golpes "de autoria da quadrilha integrada por
Teixeira, em desfavor do patrimônio da CBF".
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