" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Eduardo critica política econômica 'sem rumo' de Dilma



Governador demonstrou insatisfação com o crescimento menor do que o esperado do país em 2012 (Silvia Costati/ Divulgação)

Por Cláudio Santos

O governador Eduardo Campos (PSB-PE) fez duras críticas à política econômica da presidente Dilma Rousseff (PT). Em palestra a empresários, disse ontem que falta 'rumo estratégico' às medidas do governo para combater a crise financeira internacional e levar o país a uma agenda de crescimento. Campos falou em evento promovido pelo jornal 'Valor Econômico'.
'O fato é que nós estamos no século 21 com uma pauta do século 20, metidos numa grande crise tentando sair', afirmou. 'Sabemos do esforço que a presidente Dilma tem feito de tomar decisões sobre assuntos os mais variados. (...) Mas o fato é que vamos terminar o segundo ano com um crescimento muito aquém do que desejávamos', disse Campos.
Ele afirmou que o estímulo do consumo, 'por si só', 'não é suficiente' para alavancar o crescimento e defendeu a descentralização de recursos da União. 'Temos que ganhar esse momento na perspectiva do rumo estratégico. E esse estratégico, às vezes, parece ao país que ele está faltando.'
ELOGIO A ANTECESSORES
O governador disse que em 'ciclos' anteriores 'lideranças' políticas foram decisivas para inserir o país em agendas estratégicas, e fez referência aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
'Quando o Brasil decidiu por fim ao ciclo inflacionário (...) houve lideranças que souberam expressar esse entendimento. (...) Na hora em que o Brasil viu que com 50 milhões de pessoas na miséria não ia a canto nenhum e que isso era não só política social, mas sobretudo uma política econômica, tivemos esse consenso construído.'
Para ele, o momento atual se assemelha a esses anteriores. 'Tem que ter estratégia na condução dessa travessia. Se errarmos, vamos ter um ano de 2013 que não será à altura que o Brasil espera.' 
Magno Martins

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