Por Cláudio Santos
Na
última terça-feira, o ministro Fernando Bezerra (Integração) teve, em
Brasília, uma longa conversa com um interlocutor privilegiado do
governador. Não foi um papo molhando o bico, mas o auxiliar da
presidente Dilma fez juras de amor ao PSB e a Eduardo Campos,
especialmente.
Garantiu
que, apesar das especulações e bombardeios na mídia, fica onde está, ou
seja, na legenda socialista. Segue em 2014 os mesmos caminhos do
governador, descartando a possibilidade de ingresso no PT, apoiando,
igualmente, a provável candidatura de Eduardo à Presidência da
República.
Não
é o que se ouve nos bastidores da ampla frente partidária que dá
sustentação ao Governo do PSB. Há uma forte expectativa de que Eduardo
ao mergulhar na disputa presidencial será surpreendido com a migração do
ministro, a quem indicou para o cargo, para o PT.
Sem
um quadro qualificado e potencial eleitoralmente, o PT aceitaria o
ingresso de Fernando, a pedido de Dilma e Lula, para o partido ter um
nome competitivo na disputa pelo Governo do Estado. Fernando
quer, na verdade, o apoio de Eduardo, mas sabe que não será fácil e
pode usar o pretexto da falta de acolhida no PSB ao seu projeto
majoritário para fazer a travessia aos braços do PT.
A
própria Dilma já deu sinais de que deseja o fortalecimento da imagem do
seu ministro, primeiro em Serra Talhada, quando interrompeu o discurso
para ele (Fernando) anunciar uma nova ferrovia.
Depois,
em Fortaleza, quando o ministro brilhou o tempo todo na reunião dos
governadores nordestinos, detalhando, por recomendação expressa da
presidente, as medidas anunciadas para o combate à seca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário