Tucanos orientam aliado a seguir sozinho
contra Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), para preservar
alianças de Aécio Neves com Eduardo Campos (PSB). Demóstenes Torres
pediu cassação dos direitos políticos por oito anos do auxiliar de Dilma
e proibição de ocupar função pública.
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Foto: Divulgação
De um lado, o líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), pede que o ministro Fernando Bezerra Coelho tenha os direitos políticos cassados pelo prazo de oito anos, além de ficar proibido de ocupar função pública, como determina a Lei de Improbidade Administrativa. Do outro, uma racha na oposição : PSDB avisa o DEM que não será “protagonista” no cerco ao auxiliar de Dilma. Em nome do senador Aécio Neves (MG) e de uma possível aliança com um PSB em ascensão, orientou o aliado a seguir sozinho nos ataques a Bezerra.
De olho nas eleições de 2014, os tucanos
ligados ao mineiro não querem ficar em saia justa com o PSB do
governador Eduardo Campos (PE), fiador da indicação de Bezerra à
Esplanada. Tradicional parceira do PT, a legenda é uma das principais
forças políticas do Nordeste e sigla ascendente no Congresso Nacional.
Aécio não quer se indispor com Campos, de quem é amigo e a quem tentará
atrair para uma eventual dobradinha na próxima campanha presidencial.
Há, ainda, outra razão, segundo a Folha,
para a timidez tucana na crise: o presidente do PSDB, deputado Sérgio
Guerra (PE), não só representa o mesmo Estado que o ministro e Eduardo
Campos como possui afinidades políticas com ambos.
Enquanto isso, o DEM comanda campanha
contra Bezerra. O líder do partido protocolou representação nesta
terça-feira, 10, na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o
ministro da Integração Nacional. No texto, anexou informações do governo
mostrando que o ministro favoreceu Pernambuco com 90% das verbas de sua
Pasta destinadas à prevenção de desastres naturais no País. Segundo o
Estado de S. Paulo, há também dados indicando que o ministro liberou 99%
das emendas individuais de seu filho e que também burlou a Lei de
Nepotismo e o decreto presidencial no mesmo sentido. Está anexada,
ainda, cópia do Diário Oficial mostrando que, 21 dias depois de assumir o
cargo, Clementino Coelho – irmão do ministro – passou a ocupar a
presidência interina da Codevasf.
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