" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O exemplo do ministro britânico


    


Por magno Martins
O ministro da Energia britânico, o liberal democrata Chris Huhne, anunciou sua renúncia em Londres, sexta-feira passada, pouco depois de a procuradoria anunciar que ele seria acusado por ter supostamente evitado uma multa por excesso de velocidade, declarações para as quais se declarou inocente.
“Para evitar qualquer distração em meus deveres oficiais ou em minha defesa no julgamento, renuncio como ministro da Energia e Mudanças Climáticas”, disse em uma breve declaração à imprensa diante de sua casa.
A Inglaterra não é o Brasil, evidentemente. São culturas distintas, mas o caso nos reporta diretamente ao secretário estadual de Transportes, Isaltino Nascimento, flagrado numa blitz da operação Lei Seca com sinais de embriaguez.
A propósito do exemplo londrino, um auxiliar influente do governador Eduardo Campos fez o seguinte comentário em contato com este blogueiro: “O governador é muito solidário e por isso mesmo não demitiria um secretário pelo azar de cair numa blitz, mas pela função que exerce no Governo a iniciativa de se afastar deveria ter partido de Isaltino, até para não constranger o chefe”.
Enquanto na Inglaterra o ex-ministro Huhne já tem data marcada para comparecer perante a justiça – 16 de fevereiro – em Pernambuco a multa que Isaltino levou tende a ser anulada simplesmente porque o PM que lavrou o flagrante não o assinou por esquecimento, segundo o major Cavalcanti, coordenador-executivo da operação Lei seca.
Não fique frustrado ou surpreso com o triste paradoxo. Infelizmente, isso é o Brasil!

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