" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sábado, 20 de outubro de 2012

Sem cumprir promessas



       


Por Cláudio Santos
Pesquisa da Federação Nacional dos Municípios revela que 88% dos prefeitos eleitos herdarão verdadeiras massas falidas. Não são apenas papagaios de fornecedores, dívidas exorbitantes com a Previdência, mas máquinas com excessos de pessoal, servidores em atraso e dívidas roladas até por 20 anos.
Praticamente metade dos municípios atrasa todos os compromissos mês a mês e 30% não cumprem a lei que obriga o pagamento do piso nacional dos professores, de R$ 1.451,00. O fosso é antigo e se aprofundou mais ainda com a brutal queda nos repasses dos recursos constitucionais.
Município do porte de Serra Talhada, com 80 mil habitantes, segundo PIB do Sertão pernambucano, recebeu ontem apenas R$ 119 mil da União como parte da segunda cota mensal do FPM. Não deu sequer para cobrir o duodécimo da Câmara de Vereadores, de R$ 390 mil.
A pequena Cumaru, no Agreste, viu entrar nas contas do tesouro municipal apenas R$ 60 mil, enquanto R$ 90 mil se destinariam, obrigatoriamente, à Câmara de Vereadores. As contas não vão bater nunca. E como ficam os municípios diante de igual tragédia? Inadministráveis.
A esta altura, prefeitos eleitos que fizeram promessas mirabolantes na campanha devem ter perdido o sono. Dificilmente obterão êxito, a não ser que cortem na própria carne, o que significa, na prática, em redução de pessoal.

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