" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sábado, 23 de fevereiro de 2013

Análise: Marina deve consolidar novo partido


 Marina Silva obteve 20 milhões de votos pelo PV, na disputa pela Presidência em 2010 
 
Por Claudio Santos
 
O cenário político para 2014 começa a se desenhar com a presença de Marina Silva entre os candidatos à Presidência da República no próximo pleito. Terceira colocada na disputa em 2010, com mais de 20 milhões de votos, a ex-ministra corre contra o tempo para homologar o recém-criado Rede Sustentável e manter no ar a questão: será ela capaz de surpreender a política brasileira mais uma vez.

“Surpreender em votação, como foi a última, eu acho que não”, avalia a professora Roseli Coelho, cientista política e docente da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Para ela, apesar de ter um nome de peso, Marina deverá aproveitar a próxima eleição para consolidar o Rede Sustentável e, com isso, ganhar ainda mais importância em um provável segundo turno.

“Imagino que ela teria algo próximo disso (20 milhões de votos) em uma eleição de primeiro turno, um pouco mais, um pouco menos”, avalia Roseli. “Acredito que, de um modo geral, o Rede fará oposição ao PT e ao PSDB. Porém, não está afastada a hipótese de uma aliança com um dos dois partidos. Vai depender da situação e do que o Rede vai demonstrar nas primeiras atuações, mesmo antes de estar homologado”.

Então, podemos dizer que Marina não possui chances de ir para um segundo turno com a presidente Dilma Rousseff, ou, quem sabe, com o PSDB, que ainda não definiu qual será candidato? Não exatamente. Roseli aposta na imagem da ex-ministra ao especular as chances de ela surpreender nas urnas.

“A Marina não tem inimigos. Além disso, a figura dela tem um encanto, um atrativo perante os eleitores”, diz Roseli. “(A partir de agora) ela terá de assumir o papel de grande líder. Ela sempre demonstrou que teve força para isso, enfim, condições de ser capaz de tomar decisões desagradáveis. Ela deu só os primeiros passos (ao criar o Rede), mas já é alguma coisa”.

Independentemente do resultado das urnas, Roseli destaca outro grande objetivo para Marina e o Rede: firmar uma bancada razoável no Congresso. “O Rede ainda tem poucos parlamentares. O PSD, por exemplo, já nasceu com um leque de políticos experimentados e obteve uma votação bem razoável na última eleição”, diz.

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