O
prefeito de João Alfredo, Severino Cavalcanti (PP), que iria disputar a
reeleição, é um dos políticos afetados pela Lei da Ficha Limpa, banidos
da vida política pela decisão do Supremo Tribunal Federal. Severino
renunciou ao mandato de deputado federal em setembro de 2005, quando
envolvido no escândalo que ficou conhecido como 'Mensalinho', para
escapar de uma eventual cassação. É mais um revés político para o
prefeito de João Alfredo, alvo recentemente de mais uma notícia que lhe
trouxe constrangimento, com a volta e regularização no País do padre
italiano Víto Miracapillo. O sacerdote foi expulso do Brasil após a ação
justamente do então deputado Severino Cavalcanti, que o acusou de
recusar celebrar uma missa em João Alfredo, durante os festejos de 7 de
setembro, por alegar que o povo brasileiro não tinha independência a
comemorar. Era o período da ditadura
Em episódio mais recente, também relacionado com o parlamentar e o sacerdote italiano, sua
filha, então deputada Ana Cavalcanti (PP) consegiu derrubar proposta de
seu colega João Fernando Coutinho (PSB), concedendo o título de
cidadão pernambucano ao religioso. Ana desenvolvou intensa atividade com aquele objetivo, o qual acabou conseguindo.
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ResponderExcluirÚltimas Notícias
19:25 - Oposição entra com representação contra Severino - ( 01' 48" )
Os partidos de oposição entraram, nesta terça-feira, com representação no Conselho de Ética contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti. Deputados do PFL, PSDB, PPS, PDT, PV, PSOL e da esquerda do PT entregaram, em mãos, ao presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar, o pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra Severino Cavalcanti.
O líder da Minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia, explica porque a oposição optou por entregar a representação diretamente ao Conselho de Ética e não à Mesa Diretora.
"Achamos que seria constrangedor entregar o processo na Mesa presidida por Severino. Então mandamos ao Conselho que vai cumprir apenas o trâmite burocrático de mandar que a Mesa numere"
Para o presidente do PPS, deputado Roberto Freire, com a abertura do processo, a oposição quer que se investiguem as denúncias contra o presidente da Câmara, garantindo sua ampla defesa.
"Nós não estamos com nenhum pré-julgamento. Eu não posso aqui afirmar se o Severino Cavalcanti é corrupto, se praticou ilícitos e crimes, se atentou contra o decoro. Quem vai determinar isso é o contraditório instalado agora em função da nossa representação aqui no Conselho de Ética"
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar, disse que, nesta quarta-feira, encaminha o processo à Mesa da Câmara que tem duas Sessões para protocolar e numerar o processo e então devolvê-lo ao Conselho de Ética. Izar acredita que já na próxima segunda-feira poderá instaurar o processo e indicar o relator. O Conselho tem 90 dias para tomar uma posição, no entanto, Izar acredita que o resultado sairá antes desse prazo.
De Brasília, Geórgia Moraes
SM
terça-feira, 13 de setembro de 2005
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13/09/2005 16:24