" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O equilibrio é indispensável



    


O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) negou, ontem, a existência de um encontro com o governador Eduardo Campos (PSB) que teria ocorrido, segundo reportagem no Diário de Pernambuco, com a intenção de buscar uma reaproximação política.
Eduardo e Jarbas trocaram um afetuoso abraço no baile dos artistas e, dois meses antes, se encontraram, casualmente, numa churrascaria no Recife, mas sem muito papo. Mas não houve nada a mais, além disso.
Aliados no passado, Eduardo e Jarbas militam, hoje, em campos opostos, sendo o senador o principal líder da oposição no Estado. E o que motivaria ambos passarem uma esponja em cima das divergências a catalisarem agora as convergências?
Não consigo enxergar absolutamente nada, com exceção do desejo do governador de transformar o Estado num samba de uma nota só, o Estado do partido único, o Estado sem oposição, o Estado em que só há um líder, no caso ele, obrigando todos os partidos e lideranças a um alinhamento automático.
O risco de um processo dessa natureza tem nome: ditadura. O que ninguém deseja nem a sociedade aceita. A oposição nunca deve morrer, porque é a garantia do equilíbrio dos poderes, da estabilidade institucional e do fortalecimento da democracia.

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