O
senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) negou, ontem, a existência de um
encontro com o governador Eduardo Campos (PSB) que teria ocorrido,
segundo reportagem no Diário de Pernambuco, com a intenção de buscar uma
reaproximação política.
Eduardo
e Jarbas trocaram um afetuoso abraço no baile dos artistas e, dois
meses antes, se encontraram, casualmente, numa churrascaria no Recife,
mas sem muito papo. Mas não houve nada a mais, além disso.
Aliados
no passado, Eduardo e Jarbas militam, hoje, em campos opostos, sendo o
senador o principal líder da oposição no Estado. E o que motivaria ambos
passarem uma esponja em cima das divergências a catalisarem agora as
convergências?
Não
consigo enxergar absolutamente nada, com exceção do desejo do
governador de transformar o Estado num samba de uma nota só, o Estado do
partido único, o Estado sem oposição, o Estado em que só há um líder,
no caso ele, obrigando todos os partidos e lideranças a um alinhamento
automático.
O
risco de um processo dessa natureza tem nome: ditadura. O que ninguém
deseja nem a sociedade aceita. A oposição nunca deve morrer, porque é a
garantia do equilíbrio dos poderes, da estabilidade institucional e do
fortalecimento da democracia.
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