" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



quinta-feira, 19 de julho de 2012

Empresas de telefonia falharam ao calcular demanda, diz governo

Por Cláudio Santos
Punidas por problemas na qualidade dos serviços oferecidos, as empresas de telefonia celular "falharam" ao calcular a demanda por seus produtos, avaliou nesta quinta-feira (19) o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez. 
"É fruto de um erro de cálculo. Descasaram o arrojo dos planos com a infraestrutura. Houve uma falha das empresas. Se alguém vai tipificar essa falha, fazer juízo de mérito, ou adjetivar boa fé, ou má fé, não é responsabilidade nossa. A empresa é punida pelo próprio mercado. Pela capacidade do cidadão reclamar e consumir (...) Invista, ou não venda", declarou Alvarez a jornalistas.
Na quinta-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou a suspensão, a partir do próximo dia 23, das vendas de "chips" para telefonia móvel e internet banda larga, da Oi, TIM e Claro. Em cada estado do país, será suspensa a venda de chips de uma operadora – a que tiver apresentado o pior desempenho no local.
Nesta quinta, as ações da TIM continuam liderando as perdas. Os papéis da empresa caíam 8,88% às 15h16. Por outro lado, as ações da preferenciais da Oi subiam 4,36% e as ordinárias, 1,47%. Na véspera, as ações preferenciais da Oi caíram 4,47%, para R$ 9,17; e as ações da TIM caíram 2,77%, a R$ 9,46. A Claro não é negociada na bolsa. 
A decisão da Anatel, no que se refere à Claro, engloba os estados de Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Sobre a Oi, a decisão da Anatel abrange os estados de Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rio Grande do Sul. No caso da TIM, a suspensão da venda de chips engloba os seguintes estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins. 
"As empresas, de forma diferenciada, têm mantido um volume alto de investimento, em torno de R$ 20 bilhões por ano, com diferenças. Não conheço da regionalidade destes investimentos. Elas têm respondido à altura para trazer cada vez mais e melhores serviços. O que acontece é que o volume de brasileiros dispostos, e com dinheiro a consumir, levou à uma defasagem na rede móvel e capacidade de volume", afirmou Cezar Alvarez, do Ministério das Comunicações.
Ações do governo federal
O secretário-executivo do Ministério das Comunicações afirmou ainda que o governo segue trabalhando em ações para melhorar a qualidade na prestação dos serviços de telecomunicações.
Ele lembrou que o regime especial concederá isenção de PIS e Cofins e do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para serviços e roteadores, por exemplo. Anunciado em fevereiro do ano passado, a medida está na MP 563, aprovada recentemente pela Câmara dos Deputados, e que ainda tem de passar pelo crivo do Senado Federal. Assim que implementada, a medida representará, segundo Cezar Alvarez, uma economia de custo de 17% a 25% nos serviços e produtos abrangidos.
O secretário-executivo também citou a possibilidade futura de "compartilhamento de infraestrutura pública", como linhas de transmissão. Segundo ele, esse projeto precisa de "retoques" antes de ser enviado ao Congresso Nacional. O instrumento jurídico, segundo ele, ainda não foi definido.
Outra ação do governo é na legislação para antenas de telefonia celular. "É supercomplexa. Estamos trabalhando em um país federativo. Em alguns municípios, que sobre o espaço urbano legisla o prefeito e a Câmara de vereadores, queremos ter um padrão de legislação comum. Os municípios ficaram com a parte de proteção da paisagem, do sítio histórico, a preservação da sua orla, de monumentos históricos e paisagens", declarou ele.

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