Por Cláudio Santos
A
hora da verdade finalmente chegou para Mano Menezes. Contratado para
montar uma grande Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2014, o
treinador sobreviveu ao fiasco na Copa América da Argentina, no ano
passado, mas sabe que dificilmente sobreviverá a um fracasso nos Jogos
Olímpicos de Londres. Se vencer o torneio, receberá os louros por ter
conseguido levar o País a um título inédito. Se perder, a conta deverá
ser paga na forma de demissão. Para Mano e sua turma, é muito importante
começar o torneio com uma vitória sobre o Egito, em Cardiff, no País de
Gales, hoje, às 15h45 (horário de Brasília)
Técnico sabe que se não ganhar o ouro em Londres, dificilmente continuará |
Nenhum
outro time disputará o torneio olímpico sob tanta pressão quanto o
Brasil. Nem a Espanha, que tem ganho um troféu atrás do outro, ou a Grã
Bretanha, a dona da casa. Para essas seleções, deixar de ganhar o título
será algo desagradável, não mais do que isso. Para a Seleção, no
entanto, o cenário é bem diferente. É medalha de ouro no peito ou crise.
Mano
Menezes é um homem esperto e sabe bem no que está se metendo. E para
não aumentar ainda mais a temperatura do caldeirão em que mergulhou, ele
trata em suas declarações públicas de minimizar a pressão pela
conquista do título olímpico. “Tradicionalmente o Brasil é sempre o
favorito, mas já ganhamos e já perdemos como favoritos. Na fase de
grupos, nosso objetivo é ir às quartas de final, não se pode fazer mais
do que isso. Se formos bem, vamos tentar alcançar mais”, disse Mano em
sua última entrevista antes da estreia. “Penso que a cobrança é
proporcional a quem ocupa este cargo. Não tenho e nunca tive ilusões
quanto a isso. É preciso conhecer as responsabilidades, cobranças e
saber conviver com elas. E não tenho do que reclamar”.
Do
lado adversário, se há uma coisa que não falta é ambição. Os egípcios
colocaram na cabeça que não podem perder na estreia nos Jogos Olímpicos,
e estão convencidos de que não será tão complicado assim roubar pelo
menos um ponto da equipe de Neymar. Para eles, o empate por 1x1 entre os
dois países no Mundial Sub-20 do ano passado (por coincidência também
na primeira rodada) serve como inspiração. “É preciso dizer que evitar a
derrota não será uma missão difícil”, falou o treinador Tareq Al-Said.
Outras
sete partidas serão disputadas hoje: Honduras x Marrocos (8h), México x
Coreia do Sul (10h30), Espanha x Japão (10h45), Emirados Árabes x
Uruguai (às 13h), Gabão x Suíça (às 13h15), Bielorrússia x Nova Zelândia
(15h45) e Grã-Bretanha x Senegal (16h).
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