" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sexta-feira, 22 de março de 2013

Ator pernambucano Jones Melo morre de infarto, no Agreste


 
Por Cláudio Santos
 
O ator pernambucano Jones Melo, 66 anos, sofreu um enfarto fulminante e faleceu, nesta sexta-feira (22), no Agreste pernambucano. Ele atuava na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém desde 1969 e se preparava para estrear mais uma temporada esta noite, nos papeis de Nicodemos e do Homem do Sermão. Após ter tomado o café da manhã, ele passou mal por volta das 10h, em seu apartamento na Pousada da Paixão, que fica dentro da cidade-teatro, no município do Brejo da Madre de Deus. O ator chegou a ser socorrido para o hospital Santa Efigênia, em Caruaru, onde já chegou sem vida.
Melo também atuava no cinema, em minisséries de televisão e no mercado publicitário, além de ser jornalista aposentado. Ficou conhecido do grande público por protagonizar o comercial de uma grande rede de farmácias, no Recife.
De acordo com a direção da Paixão de Cristo, Jones participou normalmente dos ensaios e atuou na apresentação especial realizada na noite de quinta-feira (21), para autoridades e imprensa. Amigos contam que ele ficou até a madrugada recitando poesia e cantando com o elenco, em torno da piscina na Pousada da Paixão.
O clima entre diretores e atores da Paixão de Cristo é de tristeza e perplexidade. Um dos diretores do espetáculo, Carlos Reis, recebeu a notícia com pesar. Mais do que integrante do elenco, Jones era um amigo próximo. "Fazíamos teatro juntos desde 1967, o fato de conhecer e gostar só fez crescer o carinho e admiração em todos esses anos. Ao longo da trajetória da Paixão, ele sempre esteve presente. É uma perda irreparável. A única coisa que me conforta é que ele morreu fazendo o que gostava", afirma Reis.
Amigos de longa data de Jones Melo, o ator Ednaldo Lucena e o sonoplasta Hugo Martins correram para socorrer Jones. Quando chegou a notícia de que ele não havia resistido, ficaram arrasados. "Não tenho sequer condições de falar agora, ele era como um irmão para mim", explica Ednaldo. Martins não conseguia nem falar, de tão abalado.
Filho do diretor Lúcio Lombardi, André Lombardi define Jones como a 'alma surrealista do espetáculo'. "Ele era brincalhão, estava sempre brincando. Ele vai fazer muita falta mesmo, é um buraco difícil de ser preenchido. Foi dessas pessoas que você não tem como substituir, ele era especial", define André.

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