" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



quinta-feira, 21 de março de 2013

Presidente do STF deixa de ser “unanimidade nacional”


Joaquim-Barbosa - Foto Agência Brasil
Por Cláudio Santos

As declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, sobre a existência de um suposto “conluio” entre advogados e juízes foram rebatidas pela OAB e por várias associações de magistrados.
Um dos que mais se indignaram com a acusação de Joaquim Barbosa foi Felipe Santa Cruz, presidente da OAB-RJ e filho do desaparecido político pernambucano Fernando Santa Cruz Oliveira.
Veja o que ele disse ao Jornal do Brasil desta quinta-feira sobre as declarações do presidente do STF:
“O ministro Joaquim Barbosa usa isso para se defender, porque ele não recebe os advogados. Fez um pré-julgamento das relações humanas, é um moralismo tosco. Ele tenta criar uma cultura muito ruim, de inimizade entre advogados e juízes. Óbvio que se forem íntimos, a própria lei proíbe que atuem no mesmo processo. Mas ter uma relação cordial? O advogado ir até o juiz conversar sobre determinada ação? Nisso não há problema nenhum”.
Adiante: “No tempo da ditadura, os ministros do STF recebiam os advogados, nem que fosse para negar um habeas corpus. Ele está transmitindo uma mensagem muito ruim. Quer o afastamento do advogado do dia a dia da Justiça. Está criando um clima de desconfiança entre advogado e juiz e, pior, de suspeita da sociedade em relação a ambos”.
Já a Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), em nota divulgada ontem, disse que “as generalizações resultam sempre em injustiça” e pediu ao ministro que dê nomes aos bois.
Para quem virou quase uma “unanimidade nacional” após o julgamento do “mensalão”, essas críticas ao seu comportamento devem tê-lo incomodado bastante.

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