Por Cláudio Santos
A
Proposta de Emenda à Constituição 66/2012 (PEC das Domésticas) — que
estende à categoria direitos já assegurados aos demais trabalhadores —
será o primeiro item da pauta de votações da Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA), que é relatora da proposta na CCJ,
Senadora Lídice da Mata,
relatora da proposta
|
afirmou,
que as mudanças vão corrigir uma distorção histórica, que é o
tratamento discriminatório às domésticas e o combate ao trabalho
infantil, que infelizmente é uma realidade dentro do mercado de trabalho
doméstico. Atualmente,
o Brasil tem cerca de sete milhões de domésticos, dos quais 93% são
mulheres. Apenas cerca de dois milhões têm carteira assinada, como manda
a lei. Na quarta-feira passada, nas comemorações pelo Dia Internacional
da Mulher, o presidente do Senado, Renan Calheiros, prometeu aprovar a
PEC até o fim de março.
O que prevê a PEC das Domésticas:
- A jornada de trabalho passa a ser de 44 horas semanais, sendo de no máximo oito horas por dia;
-
Nos casos em que ultrapassar a jornada de oito horas diárias, haverá
pagamento de hora extra com valor 50% acima do salário/hora normal;
- O depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que hoje é facultativo, passará a ser obrigatório para os patrões;
-
A empregada doméstica terá direito ao fundo de garantia ao ser demitida
sem justa causa, se aposentar, apresentar alguma doença grave ou ficar
desempregada por mais de três anos;
- Também passará a ser obrigatória a multa de 40% do valor do FGTS em caso de demissão sem justa causa;
- A remuneração mensal nunca poderá ser inferior ao salário mínimo.
-
O texto também estabelece que é proibido qualquer tipo de discriminação
em função de sexo, idade, cor, estado civil ou deficiência na hora de
contratar ou demitir uma empregada doméstica.
Com informações do Giro da Cidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário