Torcida do Corinthians no estádio do Pacaembu
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Por Cláudio Santos
Embora a Fiel agora possa comparecer aos jogos no Pacaembu, a diretoria do clube não está satisfeita com a Conmebol pela punição imposta nas partidas fora de casa. Bussab aguardará a chegada do comunicado oficial da entidade para recorrer. A intenção é que os corintianos também possam viajar para os confrontos longe do Brasil.
– Não estamos satisfeitos com essa decisão. Assim que chegar a fundamentação da Conmebol ao Corinthians, vamos recorrer desses 18 meses. Queremos os torcedores em todos os jogos, em casa ou fora – afirmou, em contato com a reportagem.
Placar eletrônico anuncia público contra o
Millonarios, no dia 27 (Foto: Marcos Ribolli)
Millonarios, no dia 27 (Foto: Marcos Ribolli)
Na derrota do Timão por 1 a 0 para o Tijuana, na última quarta-feira, membros da Camisa 12, segunda maior torcida organizada do clube, chegaram a estender uma faixa alusiva à uniformizada no estádio Caliente. Os policiais presentes no local agiram rapidamente e obrigaram os brasileiros a retirar o artefato, encaminhando-os a outro setor.
A única partida de punição cumprida pelo Corinthians foi a vitória por 2 a 0 sobre o Millonarios, da Colômbia, no dia 27 de fevereiro. Na oportunidade, quatro torcedores conseguiram uma liminar na justiça comum, ignoraram a decisão da Conmebol e assistiram ao duelo do setor das numeradas. Temendo maior represália da entidade, diretores do Timão pediram que os alvinegros não entrassem no Pacaembu, mas não foram ouvidos.
Queremos os torcedores em todos os jogos, em casa ou fora"
Luiz Bussab,
diretor jurídico
do Corinthians
diretor jurídico
do Corinthians
O clube paulista enviou sua defesa completa ao Comitê na semana passada contendo 16 páginas e algumas provas, como uma carta da Fifa elogiando a postura da torcida alvinegra durante o Mundial de Clubes de 2012, em dezembro, no Japão.
O Corinthians foi punido no último dia 21 de fevereiro, um dia depois do jogo contra o San José, em Oruro, na Bolívia, pela primeira rodada do Grupo 5 da Taça Libertadores da América. O empate por 1 a 1 ficou em segundo plano, já que a partida acabou marcada pela tragédia que culminou com a morte do jovem boliviano Kevin Espada, de apenas 14 anos.
Momentos após o gol marcado por Guerrero no início da partida, um sinalizador acendido no espaço destinado aos corintianos no Estádio Jesús Bermudez atingiu o rosto de Kevin Espada, torcedor do San José. Ele não resistiu ao ferimento e faleceu.
Após a partida, a polícia local prendeu doze torcedores acusados de envolvimento no caso. Dois foram indiciados como autores do homicídio e os demais como cúmplices. Todos continuam presos na Penitenciária de San Pedro, em Oruro, mesmo após o menor H.A.M., de 17 anos e membro da torcida Gaviões da Fiel, ter se apresentado em São Paulo como autor do disparo.
Advogado do Corinthians também envolvido no caso, Luiz Felipe Santoro explicou que a tragédia envolvendo Kevin não poderia ser de total responsabilidade do clube. Embora o boliviano tenha sido vitimado por um sinalizador disparado por um torcedor alvinegro, Santoro argumentou que o Timão só poderia ser punido por uma irregularidade causada nas arquibancadas do estádio Jesús Bermúdez, mas não especificamente pela morte.
– Nós não temíamos uma punição maior por causa da morte. Na linguagem jurídica, o problema era o fato de um torcedor do Corinthians ter acendido o sinalizador na arquibancada em Oruro. O clube não teria de responder pela morte, mas sim os responsáveis pelo acontecimento – explicou ao Sportv.
Estádio do Pacaembu, vazio na partida entre Corinthians e Millonarios (Foto: Marcos Ribolli)
Copm informações do G1
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