Depois da prisão do bicheiro Aniz Abraão Davi, o Anísio, nesta
quarta-feira (11), em Copacabana, a Polícia Civil faz buscas a mais oito
suspeitos de envolvimento com o esquema de contravenção no Rio de
Janeiro. Na lista de procurados estão dois homens que também
pertenceriam à cúpula da contravenção no estado: o presidente da escola
de samba Imperatriz Leopoldinense, Luizinho Drummond, e o presidente da
Grande Rio, Helinho de Oliveira.
Durante coletiva na tarde desta
quarta-feira, na sede da Chefia de Polícia, a delegada Martha Rocha
garantiu que um policial civil e um outro homem foram presos com o
suspeito de contravenção Aniz Abraão David e vão responder por formação
de quadrilha.
"Anísio é o glacê do bolo", diz advogado
Depois da prisão do suposto contraventor e patrono da escola de samba Beija Flor de Nilópolis nesta quarta-feira (11), seu advogado Ubiratan Guedes classificou como injusta e desnecessária a prisão de Anísio. Ele referiu-se ainda à operação Dedo de Deus desencadeada no dia 15 de dezembro do ano passado que utilizou até helicópteros e rapel para adentrar a mansão de Anísio na Avenida Atlântica, em Copacabana (Zona Sul do Rio).
"A prisão (de Anísio) foi totalmente injusta e desnecessária porque um homem de 75 anos, doente, se estivesse foragido seria numa clínica geriátrica", afirmou o defensor. Ainda de acordo com o advogado, o fato de Anísio ter sido preso desarmado revela que não havia necessidade daquela operação cinematográfica.
"Anísio é o glacê do bolo que a polícia preparou. Sem glacê o bolo não tem graça", disparou Ubiratan Guedes, criticando a Polícia Civil do Rio.
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