" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



segunda-feira, 2 de julho de 2012

CPI ouve suspeitos de integrar quadrilha de Cachoeira e pode chamar testemunhas-chave

Pagot e Cavendish

Por Cláudio Santos

A CPI do Cachoeira ouve nesta terça-feira (3) quatro pessoas suspeitas de participar, em Goiás, da organização que seria comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.

De acordo com a PF (Polícia Federal) e o Ministério Público, o contraventor seria o chefe de um esquema de jogos ilegais e faria tráfico de influência usando agentes públicos e privados.
Na quinta-feira (5), a CPI realizará uma reunião administrativa, na qual poderão ser votados os requerimentos de convocação de Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Construções S.A., e de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Em entrevistas à imprensa, Pagot acusou o esquema de Cachoeira de ter tramado a sua queda do Dnit. 

O relator da CPI Odair Cunha (PT-MG) garantiu nesta segunda-feira (2) que as convocações de Pagot e Cavendish entrarão na pauta. Na última vez em que a convocação dos dois foi votada o grupo de treze deputados da corrente independente foi derrotado por 16 a 13 pela base governista, que preferiu adiar a decisão de convocar ou não a dupla.
O primeiro a ser ouvido pela comissão será Joaquim Gomes Thomé Neto, suspeito de ser um dos responsáveis pelas escutas clandestinas que favoreceriam os negócios ilegais do contraventor.

Já Rosely Pantoja da Silva será ouvida pelos parlamentares por ser sócia da Alberto e Pantoja Construções, apontada como uma das empresas de fachada de Cachoeira.


Essa construtora foi acusada de ter pagado, em parte, os serviços que o jornalista Luiz Carlos Bordoni prestou à campanha eleitoral de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás, em 2010.


A empresa de fachada também teria recebido mais de R$ 40 milhões da Delta Construções S.A., a principal empreiteira das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. A Delta, segundo a PF, faria parte do esquema de Cachoeira.


A CPI do Cachoeira também vai ouvir o depoimento de Ana Cardozo de Lorenzo, dona da empresa Serpes Pesquisa de Opinião e Mercado, contratada para a campanha do governador goiano, em 2010. A empresa é suspeita de ter recebido dois cheques, no valor R$ 56 mil, do esquema de Cachoeira, por meio da Alberto & Pantoja.

O último a ser ouvido será Edivaldo Cardoso, ex-presidente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de Goiás, que aparece em gravações da PF garantindo o repasse de verbas do governo estadual para uma das empresas de Cachoeira.


Investigação de Perillo


O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), negou que a próxima reunião do colegiado seja mais uma destinada a investigar o governador de Goiás, Marconi Perillo.


— Nós não estamos investigando este ou aquele governador. Nós estamos nos rastros da organização criminosa. Todas as pessoas que foram citadas nos áudios, tenham responsabilidade ou não, nós as estamos convocando para prestar depoimento à CPMI.


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