Por Cláudio Santos
Após
os atritos com o PT e o afastamento da legenda nas eleições municipais
deste ano, pode ter antecipado o plano presidencial do PSB para 2014. De
acordo com o Estado de São Paulo, o projeto era lançar o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, à disputa pelo Palácio do Planalto apenas em
2018.
As
candidaturas próprias, em detrimento às alianças com o PT, foram
lançadas em Pernambuco, no Ceará e em Minas Gerais. "O resultado das
eleições deste ano pode determinar nossa alforria antes de 2018", prevê o
deputado Júlio Delgado (MG), um dos poucos que assume publicamente a
queixa generalizada diante da resistência dos petistas em apoiar
aliados.
O
ex-ministro José Dirceu demonstrou preocupação com a mudança do rumo na
capital mineira, onde o PT saiu da chapa à reeleição do prefeito Márcio
Lacerda (PSB). "O fim da aliança em Belo Horizonte, depois de ter
ocorrido o mesmo em Recife e Fortaleza, põe em risco o acordo nacional
entre os dois partidos", admitiu Dirceu em seu blog.
Para os
socialistas, é preciso romper com a polarização entre PT e PSDB. Um dos
governadores do PSB destaca que o projeto de chegar ao Palácio do
Planalto está em curso, seja para 2014 ou 2018, até porque o PT terá de
"dar um tempo e sair da Presidência, para oxigenar o País com a
alternância do poder".
Inconformado,
José Dirceu culpa o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pelo divórcio entre o
PT e o PSB de Minas. "Há manobras e manobras nessa história e elas têm o
dedo e a mão toda do senador Aécio, apesar de passarem para a imprensa
que o PT é o responsável pelo rompimento", afirma Dirceu.
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