" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Polícia investiga se mulher de chefe do tráfico da Vila Vintém comanda favela


presos
A polícia investiga a informação de que a mulher do chefe do tráfico na favela Vila Vintém, em Padre Miguel, na zona oeste do Rio, Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, estaria no controle da venda de drogas na comunidade após a prisão do marido. Deise, como é conhecida, tem mandado de prisão por tráfico de drogas e é considerada foragida.
O delegado Rafael Willis, da Polinter, que fez uma operação na comunidade nesta terça-feira (6) - nove suspeitos foram presos - disse que a polícia tem informações sobre o papel desempenhado por Deise junto ao tráfico na região.
- É uma informação que está sendo investigada, mas ainda não podemos afirmar com total certeza. Há muitos informes nesse sentido.
Durante a operação, duas mulheres foram presas. Uma delas, segundo a polícia, seria responsável por vigiar um laboratório improvisado usado para refino de cocaína.
Deise teria passado a participar de forma mais efetiva do tráfico a partir do fim de 2009, quando o então responsável pelas bocas de fumo da Vila Vintém, o traficante conhecido como Palhaço, tentou dar um golpe em Celsinho, de quem era genro, e matou vários traficantes, fugindo da favela com dinheiro e armas. Celsinho e Palhaço estão presos.
Carro de som contra inadimplência
O delegado informou que também investiga ao menos dois estabelecimentos comerciais que seriam usados pela quadrilha para lavar dinheiro do tráfico. Um deles seria uma loja de material de construção. Moradores da Vila Vintém dizem que a loja pertence a Celsinho. Eles contam que alguns clientes têm permissão para levar os produtos e pagar depois. Quando os clientes atrasam os pagamentos, um carro de som circula pela comunidade com mensagens que orientam os devedores a pagar, sob a justificativa de “evitar constrangimentos”.
Também foram apreendidos 296 trouxas de maconha, com a inscrição “hidropônica” na embalagem, cocaína, crack, munição para fuzil e pistola, uma submetralhadora, duas pistolas, 17 carregadores para fuzis, nove para pistolas, fardas militares camufladas, cadernos de anotações do tráfico com a movimentação financeira, rádios de comunicação e material para embalar drogas.
A investigação, que durou cinco meses, foi motivada por um vídeo entregue à polícia (veja abaixo), supostamente feito pela mãe de um viciado. Homens fortemente armados e vendendo drogas aparecem nas imagens. Um caderno com a contabilidade do tráfico apreendido durante a operação mostra, por exemplo, uma lista com valores que variam entre R$ 1.000 e R$ 3.000. Em 12 dias, os valores somam R$ 22,1 mil. A polícia investiga se os valores se referem a apenas uma boca de fumo.

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