Por Cláudio Santos
Com o término da Semana Santa, a presidente Dilma Rousseff (PT) terá que retomar uma pauta bem indigesta: a negociação de cargos do primeiro escalão com os partidos aliados. É a chamada política do “toma-lá-dá-cá”. Nas primeiras mudanças, Dilma fortaleceu o PMDB e o PDT, atendendo as exigências feitas pelas bancadas. Resta saber se agora ela fará o mesmo com demais partidos que estão insatisfeitos.
A principal dúvida é em relação ao PR. O Palácio do Planalto já comunicou que Dilma vai conversar com o partido, que foi o primeiro a ser incluído na faxina de 2011. Antes mesmo do encontro, já há um impasse: a bancada quer indicar um deputado, mas o Planalto já informou ao PR que tem preferência pelo nome do ex-governador da Bahia, César Borges. Com a nova temporada de negociações, o PTB também já meteu o dedo no bolo e avisou que deseja um cargo na Esplanada dos Ministérios.
Por enquanto, a única coisa que parece certa para o Planalto é o convite ao vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, do PSD, para ocupar a recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Ao convidar Afif, Dilma pretende fazer uma aliança informal com o PSD.
O PT faz um cálculo pragmático: é melhor trazer essas legendas para a base governista para garantir um tempo ainda maior de televisão, em 2014, e com isso esvaziar as demais candidaturas, especialmente a do governador Eduardo Campos (PSB). Mas com popularidade elevada, resta saber se Dilma pretende entrar, de fato, numa agenda que ela mesma considera negativa.
Com infoprmações do Blog do Camarotti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário