Por Cláudio Santos
A funkeira Renata Frisson, conhecida como Mulher Melão, deu uma
entrevista ao site Ego falando de sua trajetória de vida e de sua
família. Criada em uma família evangélica, a cantora e dançarina diz que
sempre foi a ovelha negra da família e que nunca conseguiu seguir a
religião.
Durante a entrevista, ela falou de sua relação com sua família, e
afirmou ser muito diferente do que muitos pensam: “As pessoas acham que
porque eu canto funk e uso roupas curtas nos meus shows, que eu não
tenho família. Pelo contrário. Tenho família, sim, e muito boa por
sinal. Minha família sempre foi de classe média e eu sempre tive tudo do
bom e do melhor. Estudei em escola boa e nunca passei necessidade. Meu
pai é engenheiro elétrico e minha mãe professora”.
Renata conta que cresceu em um lar evangélico, mas que nunca conseguiu
seguir os ensinamentos da religião. “Minha família é evangélica e segue a
risca a religião. Nos fins de semana eles nem ligam televisão e vão
semanalmente ao culto. Eu que sempre fui a ovelha negra da família. Sou
cristã, mas não dou conta de seguir religião. Desde novinha minha mãe
dizia que era pecado ir à boate. Com 15 anos, eu pegava a identidade da
minha irmã e quando todo mundo dormia e eu saia na pontinha do pé e
voltava antes de eles acordarem. Já aconteceu dos meus pais me
encontrarem chegando: eu levava uma surra e ficava de castigo”, conta.
Afirmando ter tentado frequentar a igreja e que chegou a cantar em um
coral ela conta que, desde a adolescência, não conseguia seguir os
padrões da igreja. “Uma vez quando em cantava em um coral da igreja, fui
expulsa porque beijei um menino na boca. Tinha 12 anos. Tá vendo por
que fiquei revoltada? Eu até tentei entrar pra igreja, mas me
expulsaram”.
Ela afirma que apesar de ir contra sua família ao seguir sua profissão,
nunca perdeu o contato com eles, mesmo que não aprovem sua carreira.
Segundo Renata, seus pais nunca aceitaram sua profissão.
“Meus pais nunca escutaram uma música minha. Não tenho coragem de
mostrar, pois respeito muito a religião deles e não vou agredir as
pessoas. Não gosto de chocar muito em casa. Minha mãe vai ficar brava se
ouvir a filha cantando o que eu canto. Prefiro ficar lindinha, fofinha,
ao lado dela, para ela não ficar preocupada. Sou uma filha certinha e
falo todo dia com minha mãe”, revelou a funkeira.
Afirmando ser cristã, mesmo não seguindo à risca a religião de sua
família, a funkeira afirma que ainda guarda os valores que aprendeu em
sua família: “Sempre tive uma base familiar e princípios, nunca passei
por cima de ninguém e nunca fiz maldade com ninguém, só faço o bem e
colho o bem”.
Taís Paranhos
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