" Sigo em frente, pra frente eu vou
sigo enfrentando as ondas onde muita gente naufragou ..."



sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ratinho usa Lula para fazer propaganda de Haddad

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Por Cláudio Santos
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez sua primeira aparição nesta quinta (31) na TV após o tratamento contra o câncer e o programa do Ratinho, do SBT, foi o escolhido. Quem esperava assistir a uma entrevista, acabou vendo uma propaganda eleitoral para Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo.
 
Pela lei eleitoral, é proibido fazer campanha antes do dia 6 de julho, mas não foi o que se viu no programa. O apresentador Ratinho fez várias perguntas referentes à política como, por exemplo, o motivo de Lula ter escolhido Haddad como seu candidato em São Paulo.

O ex-ministro também pôde falar bastante sobre seus projetos caso consiga se eleger. Criticou ferozmente os sistemas de saúde, transporte e educação da capital paulista.


O programa exibiu ainda um vídeo sobre Haddad enquanto ainda era ministro da Educação e os “avanços” da área sob seu comando. Segundo Lula, o período "foi uma revolução da educação no País".


O ex-presidente comentou ainda que participará da campanha em São Paulo para ajudar Haddad a se eleger.


Como Lula fez questão de explicar por que escolheu Haddad, a Justiça poderia interpretar sua palavras como um pedido indireto de voto, exatamente o que a legislação proíbe. 


Nas palavras de Lula, “era o momento de a gente apresentar uma coisa nova para a cidade de São Paulo... Acho que São Paulo precisa ter uma pessoa com o entusiasmo que ele teve cuidando da educação do País”.

Tanto os partidos da oposição quanto o Ministério Público podem usar esse argumento para embasar uma ação na Justiça Eleitoral a fim de impedir a candidatura do petista.

A reportagem conversou com o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) paulista, que até o momento não recebeu nenhuma reclamação formal. Se, de fato, alguém processar Lula e Haddad, o candidato petista pode ficar inelegível, mas o provável é que seja aplicada uma multa de R$ 5 mil , o que, para os políticos, é um preço baixo comparado aos dividendos eleitorais recolhidos com a exposição de um candidato ainda desconhecido dos eleitores.

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